sexta-feira, 29 de maio de 2015

Por assim dizer, eu!

Como de costume, procurou poesias nos rascunhos de papéis amassados, no canto do quarto; como um grito, pedindo por alívio: um  uivo de socorro! Desajustou os fios, no exercício de se reconhecer como imperfeito; difícil para ele: não o julgue! Catou algumas pontas amassadas e refletiu. Refletiu. Refletiu. Não chegou a lugar algum. Mas pôs-se, nesse momento, em uma situação de desconforto. Queria sentir o desconforto, penetrando suas veias, como alucinógeno, para escapar da dor: viver é aterrorizante. Tenho medo, digo, ele tem medo.

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